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  • Foto do escritorBruna Lima

Uma bolha chamada design thinking



Copa do Mundo de Buzzwords


Esse foi o tema de um dos meus podcasts prediletos, o Braincast. Das palavras listadas no programa, lembro que a mais relevante pra mim foi Design Thinking (DT). E isso me incomodou profundamente.


Uma buzzword é uma palavra da moda. De tanto ser repetida, quer dizer que já deu uma saturada. É verdade que o Design Thinking é um termo da moda nas grandes empresas. E que existem alguns cursos online e offline sobre o assunto. Mas ainda falta aproximar essa teoria poliana da prática.


Fora uma parcela enorme que não faz ideia do que isso significa. Ano passado fiz uma palestra sobre o tema em um SENAC, para cerca de 100 pessoas, entre estudantes e alunos. Apenas 5% tinham ouvido falar do DT. Depois desse dia, comecei a reparar mais ainda nessa história de bolha.


A bolha das pessoas que conhecem termos como propósito e softskills. Que fazem trabalhos para grandes empresas, para disseminar o pensamento crítico e criativo. E que estavam preocupadas em unir impacto social com trabalho. A bolha da qual eu faço parte.


"Esse foi o meu incômodo. O DT pode até ser uma buzzword, mas em um nicho bem específico. E como é algo que mexe bem na estrutura de como pensamos e fazemos as coisas, leva um tempo até ser absorvido no dia-a-dia. E enquanto esse momento não chega, é preciso incentivar a sua prática."

Apenas pelo fato do Design Thinking ser uma abordagem para resolver problemas, mas com uma diferença importante: o foco nas pessoas. Apesar dessa parte fofa, de “focar nas pessoas”, a gente tá falando aqui de trabalho, de dar resultado, de cumpri meta, mas sem esquecer o lado homo sapiens da coisa.


Quando a gente fala em “resolver problemas”, entende-se qualquer desafio que apareça. Se eu preciso criar uma campanha de endomarketing, por exemplo, no pensamento usual, eu começaria listando tudo o que é ferramenta de endomarketing que eu conheço e pronto. Ou seja, já parto para a solução logo de cara.


Com o Design Thinking, a ideia é perguntar antes “pra quem será essa campanha?” “por que estamos fazendo isso? “o ideal é uma campanha de endomarketing mesmo?”. Ou seja: antes de pensar na solução, entender melhor o objetivo esperado para criar algo o mais assertivo possível.


Todos os dias somos bombardeados com posts, e-mails e mensagens sobre como sermos melhores. Como produzir mais, inovar mais, ganhar mais. E tudo uma boa quantidade de buzzwords. O curioso é que a maioria delas são super importantes e se adotados de verdade no trabalho, fariam uma grande diferença. O que eu trouxe aqui foi o caso do Design Thinking. Mas essa conversa ainda tem muito pano pra manga…

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